Seção "Antologia Eloyca"
SACRAMENTUM CARITATIS
SACRAMENTUM CARITATIS
Exortação Apostólica - 2007
Bento XVI
Considerações do Palestrante: - Meu 1º Catecismo –
Henrique Luterano – Eurípedes Presbiteriano – Santa Teresa de Jesus – Cardeal
Leme – Apostolado da Oração – Um Pai à elevação da Hóstia Consagrada.
Bento XVI: Verdadeiramente, não há nada mais belo
do que encontrar e comunicar Cristo a todos.
INTRODUÇÃO (7 a 11)
1- Jesus Cristo é inteira doação de Si mesmo. Deu a vida
pelos amigos. (Jo 15,13).
Simbolizado no lava-pés.
2- No Sacramento Eucarístico, esse amor-doação
continua alimentando-nos, porque famintos de Verdade e de Liberdade (Jo 8,36).
Ele é a Verdade feita Pessoa. Na Eucaristia, revela-se a Verdade do
Amor. Deus é Amor.
3- Por isso, na E. a Igreja tem o seu Centro
Vital. Por isso, nela está a sua fonte e ápice da sua Vida e
Missão.
4- Muito a Igreja vem fazendo para despertar nos
crentes a fé eucarística: mediante as celebrações e adoração
eucarística. Nota: o Catecismo explica.
DIVISÃO: FÉ, CELEBRAÇÃO,
VIDA.
A) EUCARISTIA, MISTÉRIO ACREDITADO
1- Cremos na conversão substancial do
pão e do vinho no Corpo e no Sangue do Senhor Jesus. Realidade que ultrapassa
toda a compreensão humana. A Fé da Igreja é, essencialmente, fé eucarística
(6).
2- A Fé e os Sacramentos são dois
aspectos complementares da vida eclesial. a) A fé exprime-se no rito, e este
revigora e fortifica a fé (13). b) Na E., Jesus não dá alguma coisa, mas dá-Se
a Si mesmo. Meu Pai é que vos dá o verdadeiro Pão que vem do Céu (Jo 6,32).
3- Daí, a importância fundamental da E. na
iniciação cristã, pois leva à plenitude a iniciação, e coloca-se como centro e
termo de toda a vida sacramental (J. Paulo II – 25). [Uma 1ª Comunhão].
4- A intrínseca ligação com os demais
sacramentos e com a devoção à Virgem Maria. A I. viva, fiel e acreditável
deve alimentar-se na Palavra de Deus e na Eucaristia.
B) EUCARISTIA, MISTÉRIO CELEBRADO
1- Reforçando a Fé na E.: Em verdade, em
verdade vos digo: não foi Moisés que vos deu o pão que vem do céu; mas meu Pai
é que vos dá o verdadeiro pão que vem do céu. (Jo 6,32).
2- A Beleza da Liturgia Eucarística. Esta
Beleza nada tem a ver com “esteticismo” ou fator decorativo, mas seu elemento
constitutivo é aquela modalidade com que a Verdade do Amor de Deus em Cristo
nos alcança, fascina e arrebata, fazendo-nos sair de nós mesmos, e atraindo-nos
assim para a nossa verdadeira vocação: o Amor. Pois a verdadeira
beleza é o Amor de Deus. Daí, a atenção que se deve dar à ação
litúrgica, para que brilhe segundo a sua própria natureza (35).
3- A Liturgia eucarística é essencialmente
ação de Deus que nos envolve em Jesus, por meio do Espírito. Não está à mercê
do nosso arbítrio, não pode suportar nossas modas passageiras. (36, 37).
Impõe-se o respeito às normas litúrgicas, à arte da celebração: rito,
vestes, decoração; palavra e canto, gestos e silêncios, movimento do corpo,
cores litúrgicas dos paramentos. Arquitetos e artistas. Paramentos, alfaias. O
preparo dos seminaristas e padres, a serem educados no gosto dessa beleza.
(40-41).
4- Também o Canto deve ser litúrgico,
adequado: não valem improvisações, gêneros musicais quaisquer. Revalorizar o
canto gregoriano, pois é canto próprio da liturgia romana. (42)
5- Unidade Intrínseca entre as
Duas Partes essenciais:
Liturgia da Palavra Mesa da Palavra S. Agostinho
Liturgia Eucarística Mesa do Corpo de Cristo os 2 tabernáculos (44)
5.1- Liturgia da Palavra
a) Leitura. Bem
preparada e vivida: bons leitores, pois é o próprio Deus que fala! Não
no passado, mas no presente: “A ignorância da Escritura é ignorância de
Cristo”.
b) Homilia –
preparação – finalidade – catequética e exortativa – grandes temas da Fé.
c) Apresentação das
oferendas. Tão simples e de grande significado: leva-se ao altar toda a
criação; também o sofrimento humano. O trabalho humano une-se ao sacrifício
redentor (47).
5.2- Oração Eucarística. É o ponto
central e culminante de toda a celebração. Há diversas, e de muita riqueza
teológica e espiritual. Cf. Missal Romano. A Igreja implora o Espírito Santo
para que os dons oferecidos pelos homens sejam consagrados, isto é, se
convertam no corpo e sangue de Cristo, em alimento espiritual. (48)
5.3- Saudação da paz. A E. é o Sacramento
da Paz. Por isso, o Rito da Paz. Tão necessário nesse tempo tão
pavorosamente cheio de conflitos. Rito que deve ser moderado, sem
expressões excessivas. Saudando, por exemplo, o mais próximo. (49)
5.4- Distribuição e recepção da E. Por
pessoas preparadas. No final, ação de graças, mediante um canto, ou silêncio.
Em comunidades sem suficiente clareza sobre E.: é melhor a celebração da
palavra de Deus.(50).
5.5- Ite missa est. O sentido natural, a
missa terminou,evoluiu para expedir em missão. (51)
5.6- Participação ativa na Celebração. a) Não
mera participação externa; b) Com maior consciência do mistério celebrado; c)
Não como estranhos ou espectadores mudos; d) Mas oferecendo-se a si mesmo. (52)
5.7- Participação e Mistério sacerdotal. a) As
funções específicas pertencem ao sacerdote: do começo ao fim, em
virtude da ordem sacra; sendo coadjuvado pelo Diácono (Evangelho, homilia...)
(53).
5.8- Celebração Eucarística e Inculturação.
a) Algumas adaptações apropriadas a contextos e diversas culturas; b) Mas com
justo equilíbrio. (54).
5.9- A boa participação ativa. a) Condições
pessoais: recolhimento e silêncio, interrogações sobre a própria vida
(confissão sacramental, com participação ativa na vida eclesial). b) mesmo sem
comunhão sacramental, o desejo da Comunhão espiritual. (O desejo da
plena união com Cristo) (55).
5.10- Participação dos Cristãos não-Católicos.
Não pode. Porque a E. não é, apenas, Comunhão com Jesus Cristo; mas
também com a Igreja. Há possibilidades (para E. por exemplo e unção dos
enfermos), mas dentro de determinadas e excepcionais condições: cf. Cat. E
Compêndio. (56).
5.11- Participação pelos meios de Comunicação.
1)Respeitar as normas litúrgicas – 2) Não cumpre preceito dominical:
vale para idosos e doentes (57) – 3) Recebam com freqüência a comunhão
sacramental (58) 4) Cuidado espiritual para com os presos (59).
5.12- Cuidado para com os migrantes: se
possível no seu rito (60).
5.13- As grandes celebrações. Evitar a
dispersão – Que haja plena e real participação (61).
5.14- Língua latina. Em celebrações
internacionais, recomenda-se a bem da unidade e universalidade da Igreja,
excetuando: as leituras, a homilia e as orações dos fiéis. Peço que os futuros
padres sejam preparados no latim, no canto gregoriano; Até os leigos tenham
noções de latim para esse canto e orações (62).
5.15- Celebrações em pequenos grupos. Favorece
participação mais consciente e frutuosa. Não para dividir a Comunidade (63).
5.16- Celebração interiormente participada. -
Oferece a Deus a própria vida: Viver o que celebra – catequese mistagógica: 1º,
interpretação litúrgica dos ritos; 2º, interpretação dos sinais; 3º, o
significado dos ritos para a vida cristã.
- A reverência à E.: ajoelhar-se (64-65).
- Adoração pessoal ou
comunitária, ao Santíssimo: é prolongamento visível da celebração
(66). Lugar Digno para o Sacrário (64-69)
C) EUCARÍSTIA, MISTÉRIO
VIVIDO
1- S. Agostinho: Sou o
pão dos fortes. Não Me transformarás em ti como ao alimento da tua carne, mas
mudar-te-ás em Mim. É a transformação da nossa realidade humana alcançada
por Cristo. (Fl 3,12) (70). Assim, a glória de Deus é o homem vivo (1
Cor 10,31); e a vida do homem é a visão de Deus. (S. Irineu) (71).
2- Viver o Preceito Dominical.
É fonte de liberdade autêntica, afim de poderem viver cada um dos outros dias
segundo o que celebraram no Dia do Senhor. (71-73).
3- Trabalho e Repouso. Este
= relativiza o trabalho, e acentua o Domingo como Dia do Senhor!
O trabalho é para o homem; não o homem para o trabalho. Não idolatrar o
trabalho. (74).
4- Celebração na Ausência de
Sacerdote. Na muita distância, sim, sob guia de diácono, ou responsável.
Pelo Batismo somos uma realidade ontologicamente fundada, e
alimentada pela E. Hoje, com a secularização, como se Deus não
existisse: é preciso promover a sua nova inserção na história (76 e 77).
E. e Evangelização das culturas. Pois Cristo é de caráter intercultural!
Qualquer realidade cultural pode ser fermentada evangelicamente. Cumpre
avaliar tudo e conservar o que for bom. (Tess. 5,21). (78).
5- E. e Fieis Leigos. Tudo
quanto nos foi dado pelo Batismo como vocação para a Santidade, a E. vem
alimentar e fazer crescer nos cristãos. Neles, pois, nas famílias e na
sociedade, os cristãos leigos devem dar testemunho de uma vida nova. E tenham
sempre, neste sentido, o apoio dos seus pastores. (79) [Ação Católica].
6- E. e Espiritualidade
Sacerdotal. Recomendo-lhes a celebração diária da Santa Missa. (80).
7- E. e vida Consagrada.
Dedicação total a Cristo. A contribuição essencial que a Igreja espera da
vida consagrada destina-se muito mais ao ser do que ao fazer. (81)
8- E. e Transformação moral
(82).
9- Coerência Eucarística.
Testemunho público da Fé. Valores: os de posição social ou
política: Respeito à vida humana (da concepção à morte; matrimônio entre
homem e mulher; liberdade de educar os filhos; promoção do bem comum). São
valores não negociáveis. Os bispos devem recordá-lo sempre! (83).
10- E. Mistério Anunciado.
Não podemos reservar para nós o amor que celebramos neste Sacramento: por sua
natureza, pede para ser comunicado a todos. Aquilo de que o mundo tem
necessidade é do amor de Deus, é de encontrar Cristo, acreditar
nEle. Por isso a E. é fonte e ápice, não só da vida da Igreja, mas
também da sua missão. Papa: Verdadeiramente, não há nada mais belo do que
encontrar e comunicar Cristo a todos! (84).
11- E. e Testemunho.
Tornamo-nos testemunhas quando, através das nossas ações, palavras e modos de
ser, é Outro que aparece e Se comunica. Testemunho que pode ir até o
dom de si mesmo, até o martírio, que sempre foi considerado, na história da
Igreja, o apogeu do novo culto espiritual. (85).
12- J.C. único Salvador.
Quanto mais vivo for o amor pela E. no coração do povo cristão, tanto mais
clara lhe será a incumbência da missão: Levar Cristo. Não meramente uma idéia
ou ética nele inspirada. Mas o dom de sua própria Pessoa.
Evitando-se, pois, uma promoção humana em mera chave sociológica. (86).
13- Liberdade de Culto. É
muito difícil viver e atuar sem liberdade religiosa, que é a mais
significativa, pois é na Fé que o homem exprime a decisão última
relativa ao sentido último da própria existência. Rezemos por todos
eles: e das várias religiões possam, pessoalmente e em comunidade,
livremente viver as suas convicções. (87).
14- E. mistério oferecido ao
mundo.Cada celebração Eucarística atualiza, sacramentalmente, a doação que
Jesus fez da sua própria vida na cruz por nós e pelo mundo inteiro. Assim,
aprendo a amar, em Deus e com Deus [mesmo], a pessoa que não me agrada e que
nem conheço, porque na perspectiva de Jesus. (88).
15- E. e implicações Sociais. Não
é missão própria da I. tomar nas suas mãos a batalha política para se
realizar a sociedade mais justa. Todavia, ela não pode nem deve ficar à margem
da luta pela justiça. Entrará na luta pela via da argumentação racional.
E deve despertar as forças espirituais: sem as quais a justiça, que sempre
requer renúncias também, não poderá afirmar-se nem prosperar. É preciso
denunciar: terrorismo, corrupção econômica e exploração sexual.(89).
16- Combate a certos processos
de globalização. Uma desigualdade que brada ao céu. (Tg, 5,4). (90).
17- A Doutrina Social da
Igreja (91).
18) Santificação do mundo e
Defesa da Criação...(92).
CONCLUSÃO
Por isso é necessário que, na I. este Mistério Santíssimo
seja verdadeiramente acreditado, devotamente celebrado, e intensamente vivido.
Ao que corresponde a nossa dedicação. (94).
Que Maria
Santíssima, Virgem Imaculada, Arca da Nova Aliança, nos acompanhe neste caminho
ao encontro do Senhor que vem. (96).
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Local: Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe
(Florianópolis)
Pároco: Pe. Jair Rodrigues Costa scj
Vigário
Paroquial:
Pe. Irmundo Rafael Stein scj
Palestrante: Pe. Eloy Dorvalino Koch scj
Digitadora: Karina Santos Vieira
Impressão: Arquivo Provincial Padre Lux – Appal –
Brusque - SC
Brusque,
25 de agosto de 2007.
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