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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Palestra O Sacramento da Verdade

Seção "Antologia Eloyca"

SACRAMENTUM        CARITATIS
Exortação Apostólica - 2007
Bento XVI

Considerações do Palestrante: - Meu 1º Catecismo – Henrique Luterano – Eurípedes Presbiteriano – Santa Teresa de Jesus – Cardeal Leme – Apostolado da Oração – Um Pai à elevação da Hóstia Consagrada.
Bento XVI: Verdadeiramente, não há nada mais belo do que encontrar e comunicar Cristo a todos.

INTRODUÇÃO (7 a 11)
1- Jesus Cristo é inteira doação de Si mesmo. Deu a vida pelos amigos. (Jo 15,13).
Simbolizado no lava-pés.

2- No Sacramento Eucarístico, esse amor-doação continua alimentando-nos, porque famintos de Verdade e de Liberdade (Jo 8,36). Ele é a Verdade feita Pessoa. Na Eucaristia, revela-se a Verdade do Amor. Deus é Amor.

3- Por isso, na E. a Igreja tem o seu Centro Vital. Por isso, nela está a sua fonte e ápice da sua Vida e Missão.

4- Muito a Igreja vem fazendo para despertar nos crentes a fé eucarística: mediante as celebrações e adoração eucarística. Nota: o Catecismo explica.

DIVISÃO FÉ,   CELEBRAÇÃO,   VIDA.


 A)    EUCARISTIA,    MISTÉRIO ACREDITADO

1- Cremos na conversão substancial do pão e do vinho no Corpo e no Sangue do Senhor Jesus. Realidade que ultrapassa toda a compreensão humana. A Fé da Igreja é, essencialmente, fé eucarística (6).

2- A Fé e os Sacramentos são dois aspectos complementares da vida eclesial. a) A fé exprime-se no rito, e este revigora e fortifica a fé (13). b) Na E., Jesus não dá alguma coisa, mas dá-Se a Si mesmo. Meu Pai é que vos dá o verdadeiro Pão que vem do Céu (Jo 6,32).

3- Daí, a importância fundamental da E. na iniciação cristã, pois leva à plenitude a iniciação, e coloca-se como centro e termo de toda a vida sacramental (J. Paulo II – 25). [Uma 1ª Comunhão].

4- A intrínseca ligação com os demais sacramentos e com a devoção à Virgem Maria. A I. viva, fiel e acreditável deve alimentar-se na Palavra de Deus e na Eucaristia.


B)   EUCARISTIA,   MISTÉRIO CELEBRADO

1- Reforçando a Fé na E.: Em verdade, em verdade vos digo: não foi Moisés que vos deu o pão que vem do céu; mas meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão que vem do céu. (Jo 6,32).

2- A Beleza da Liturgia Eucarística. Esta Beleza nada tem a ver com “esteticismo” ou fator decorativo, mas seu elemento constitutivo é aquela modalidade com que a Verdade do Amor de Deus em Cristo nos alcança, fascina e arrebata, fazendo-nos sair de nós mesmos, e atraindo-nos assim para a nossa verdadeira vocação: o Amor. Pois a verdadeira beleza é o Amor de Deus. Daí, a atenção que se deve dar à ação litúrgica, para que brilhe segundo a sua própria natureza (35).

3- A Liturgia eucarística é essencialmente ação de Deus que nos envolve em Jesus, por meio do Espírito. Não está à mercê do nosso arbítrio, não pode suportar nossas modas passageiras. (36, 37). Impõe-se o respeito às normas litúrgicas, à arte da celebração: rito, vestes, decoração; palavra e canto, gestos e silêncios, movimento do corpo, cores litúrgicas dos paramentos. Arquitetos e artistas. Paramentos, alfaias. O preparo dos seminaristas e padres, a serem educados no gosto dessa beleza. (40-41).

4- Também o Canto deve ser litúrgico, adequado: não valem improvisações, gêneros musicais quaisquer. Revalorizar o canto gregoriano, pois é canto próprio da liturgia romana. (42)

5- Unidade Intrínseca entre as Duas Partes essenciais:
Liturgia da Palavra               Mesa da Palavra                         S. Agostinho
Liturgia Eucarística              Mesa do Corpo de Cristo           os 2 tabernáculos (44)
                                                                             
5.1- Liturgia da Palavra
a) Leitura. Bem preparada e vivida: bons leitores, pois é o próprio Deus que fala! Não no passado, mas no presente: “A ignorância da Escritura é ignorância de Cristo”.
b) Homilia – preparação – finalidade – catequética e exortativa – grandes temas da Fé.
c) Apresentação das oferendas. Tão simples e de grande significado: leva-se ao altar toda a criação; também o sofrimento humano. O trabalho humano une-se ao sacrifício redentor (47).

5.2- Oração Eucarística. É o ponto central e culminante de toda a celebração. Há diversas, e de muita riqueza teológica e espiritual. Cf. Missal Romano. A Igreja implora o Espírito Santo para que os dons oferecidos pelos homens sejam consagrados, isto é, se convertam no corpo e sangue de Cristo, em alimento espiritual. (48)

5.3- Saudação da paz. A E. é o Sacramento da Paz. Por isso, o Rito da Paz. Tão necessário nesse tempo tão pavorosamente cheio de conflitos. Rito que deve ser moderado, sem expressões excessivas. Saudando, por exemplo, o mais próximo. (49)

5.4- Distribuição e recepção da E. Por pessoas preparadas. No final, ação de graças, mediante um canto, ou silêncio. Em comunidades sem suficiente clareza sobre E.: é melhor a celebração da palavra de Deus.(50).

5.5- Ite missa est. O sentido natural, a missa terminou,evoluiu para expedir em missão. (51)

5.6- Participação ativa na Celebração. a) Não mera participação externa; b) Com maior consciência do mistério celebrado; c) Não como estranhos ou espectadores mudos; d) Mas oferecendo-se a si mesmo. (52)

5.7- Participação e Mistério sacerdotal. a) As funções específicas pertencem ao sacerdote: do começo ao fim, em virtude da ordem sacra; sendo coadjuvado pelo Diácono (Evangelho, homilia...) (53).

5.8- Celebração Eucarística e Inculturação. a) Algumas adaptações apropriadas a contextos e diversas culturas; b) Mas com justo equilíbrio. (54).

5.9- A boa participação ativa. a) Condições pessoais: recolhimento e silêncio, interrogações sobre a própria vida (confissão sacramental, com participação ativa na vida eclesial). b) mesmo sem comunhão sacramental, o desejo da Comunhão espiritual. (O desejo da plena união com Cristo) (55).

5.10- Participação dos Cristãos não-Católicos. Não pode. Porque a E. não é, apenas, Comunhão com Jesus Cristo; mas também com a Igreja. Há possibilidades (para E. por exemplo e unção dos enfermos), mas dentro de determinadas e excepcionais condições: cf. Cat. E Compêndio. (56).

5.11- Participação pelos meios de Comunicação. 1)Respeitar as normas litúrgicas – 2) Não cumpre preceito dominical: vale para idosos e doentes (57) – 3) Recebam com freqüência a comunhão sacramental (58) 4) Cuidado espiritual para com os presos (59).

5.12- Cuidado para com os migrantes: se possível no seu rito (60).

5.13- As grandes celebrações. Evitar a dispersão – Que haja plena e real participação (61).

5.14- Língua latina. Em celebrações internacionais, recomenda-se a bem da unidade e universalidade da Igreja, excetuando: as leituras, a homilia e as orações dos fiéis. Peço que os futuros padres sejam preparados no latim, no canto gregoriano; Até os leigos tenham noções de latim para esse canto e orações (62).

5.15- Celebrações em pequenos grupos. Favorece participação mais consciente e frutuosa. Não para dividir a Comunidade (63).

5.16- Celebração interiormente participada. - Oferece a Deus a própria vida: Viver o que celebra – catequese mistagógica: 1º, interpretação litúrgica dos ritos; 2º, interpretação dos sinais; 3º, o significado dos ritos para a vida cristã.
- A reverência à E.: ajoelhar-se (64-65).
- Adoração pessoal ou comunitária, ao Santíssimo: é prolongamento visível da celebração (66). Lugar Digno para o Sacrário (64-69)

C)     EUCARÍSTIA,   MISTÉRIO  VIVIDO
1- S. Agostinho: Sou o pão dos fortes. Não Me transformarás em ti como ao alimento da tua carne, mas mudar-te-ás em Mim. É a transformação da nossa realidade humana alcançada por Cristo. (Fl 3,12) (70). Assim, a glória de Deus é o homem vivo (1 Cor 10,31); e a vida do homem é a visão de Deus. (S. Irineu) (71).

2- Viver o Preceito Dominical. É fonte de liberdade autêntica, afim de poderem viver cada um dos outros dias segundo o que celebraram no Dia do Senhor. (71-73).

3- Trabalho e Repouso. Este = relativiza o trabalho, e acentua o Domingo como Dia do Senhor! O trabalho é para o homem; não o homem para o trabalho. Não idolatrar o trabalho. (74).

4- Celebração na Ausência de Sacerdote. Na muita distância, sim, sob guia de diácono, ou responsável. Pelo Batismo somos uma realidade ontologicamente fundada, e alimentada pela E. Hoje, com a secularização, como se Deus não existisse: é preciso promover a sua nova inserção na história (76 e 77). E. e Evangelização das culturas. Pois Cristo é de caráter intercultural! Qualquer realidade cultural pode ser fermentada evangelicamente. Cumpre avaliar tudo e conservar o que for bom. (Tess. 5,21). (78).

5- E. e Fieis Leigos. Tudo quanto nos foi dado pelo Batismo como vocação para a Santidade, a E. vem alimentar e fazer crescer nos cristãos. Neles, pois, nas famílias e na sociedade, os cristãos leigos devem dar testemunho de uma vida nova. E tenham sempre, neste sentido, o apoio dos seus pastores. (79) [Ação Católica].

6- E. e Espiritualidade Sacerdotal. Recomendo-lhes a celebração diária da Santa Missa. (80).

7- E. e vida Consagrada. Dedicação total a Cristo. A contribuição essencial que a Igreja espera da vida consagrada destina-se muito mais ao ser do que ao fazer. (81)

8- E. e Transformação moral (82).

9- Coerência Eucarística. Testemunho público da Fé. Valores: os de posição social ou política: Respeito à vida humana (da concepção à morte; matrimônio entre homem e mulher; liberdade de educar os filhos; promoção do bem comum). São valores não negociáveis. Os bispos devem recordá-lo sempre! (83).

10- E. Mistério Anunciado. Não podemos reservar para nós o amor que celebramos neste Sacramento: por sua natureza, pede para ser comunicado a todos. Aquilo de que o mundo tem necessidade é do amor de Deus, é de encontrar Cristo, acreditar nEle. Por isso a E. é fonte e ápice, não só da vida da Igreja, mas também da sua missão. Papa: Verdadeiramente, não há nada mais belo do que encontrar e comunicar Cristo a todos! (84).

11- E. e Testemunho. Tornamo-nos testemunhas quando, através das nossas ações, palavras e modos de ser, é Outro que aparece e Se comunica. Testemunho que pode ir até o dom de si mesmo, até o martírio, que sempre foi considerado, na história da Igreja, o apogeu do novo culto espiritual. (85).

12- J.C. único Salvador. Quanto mais vivo for o amor pela E. no coração do povo cristão, tanto mais clara lhe será a incumbência da missão: Levar Cristo. Não meramente uma idéia ou ética nele inspirada. Mas o dom de sua própria Pessoa. Evitando-se, pois, uma promoção humana em mera chave sociológica. (86).

13- Liberdade de Culto. É muito difícil viver e atuar sem liberdade religiosa, que é a mais significativa, pois é na Fé que o homem exprime a decisão última relativa ao sentido último da própria existência. Rezemos por todos eles: e das várias religiões possam, pessoalmente e em comunidade, livremente viver as suas convicções. (87).

14- E. mistério oferecido ao mundo.Cada celebração Eucarística atualiza, sacramentalmente, a doação que Jesus fez da sua própria vida na cruz por nós e pelo mundo inteiro. Assim, aprendo a amar, em Deus e com Deus [mesmo], a pessoa que não me agrada e que nem conheço, porque na perspectiva de Jesus. (88).

15- E. e implicações Sociais. Não é missão própria da I. tomar nas suas mãos a batalha política para se realizar a sociedade mais justa. Todavia, ela não pode nem deve ficar à margem da luta pela justiça. Entrará na luta pela via da argumentação racional. E deve despertar as forças espirituais: sem as quais a justiça, que sempre requer renúncias também, não poderá afirmar-se nem prosperar. É preciso denunciar: terrorismo, corrupção econômica e exploração sexual.(89).

16- Combate a certos processos de globalização. Uma desigualdade que brada ao céu. (Tg, 5,4). (90).
17- A Doutrina Social da Igreja (91).
18) Santificação do mundo e Defesa da Criação...(92).

CONCLUSÃO

Por isso é necessário que, na I. este Mistério Santíssimo seja verdadeiramente acreditado, devotamente celebrado, e intensamente vivido. Ao que corresponde a nossa dedicação. (94).
Que Maria Santíssima, Virgem Imaculada, Arca da Nova Aliança, nos acompanhe neste caminho ao encontro do Senhor que vem. (96).
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Local: Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe (Florianópolis)
Pároco: Pe. Jair Rodrigues Costa scj
Vigário Paroquial: Pe. Irmundo Rafael Stein scj
Palestrante: Pe. Eloy Dorvalino Koch scj
Digitadora: Karina Santos Vieira
Impressão: Arquivo Provincial Padre Lux – Appal – Brusque - SC

Brusque, 25 de agosto de 2007.




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