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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Padre Eloy Dorvalino Koch: Educador e Historiador parte 2


I Encontro da Família Michels 17-07-2004











 Encontro da Família Michels 21-07-2007














Família do Padre Eloy


















Araquari



Festa Bergamasca de Botuverá 2005





















Traudi


Azambuja, Brusque


Convento SCJ de Brusque



Lançamento da Pós-Graduação da Faculdade São Luiz 14-5-2004













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A Mãe do Padre Eloy Dorvalino

MARIA LÚCIA MOMM KOCH


Traços biográficos.

Maria Lúcia nasceu aos 08/05/1900 no Morro do Garcia, da Fazenda do Sacramento, no hoje Município de Águas Mornas.
Seus pais: Nicolau Momm e Margarida Gorges. Seus Avós: Guilherme Momm e Ana Maria Franzner.
O avô era natural de Essen (Alemanha), e viera para a Colônia de Teresópolis. Foi-lhe destinado o lote colonial nº 22, à margem esquerda do Rio Novo.
Mas o casal fixou residência no citado Morro do Garcia. Tiveram 13 filhos.
A família tocava dois engenhos com força hidráulica: um de farinha e outro de açúcar, completado este por um alambique.
Além de lavrador, o avô era pintor de casas. Sobretudo na Ilha do Desterro, onde se hospedava na casa de seu meio-irmão Frederico Momm.
Segundo o historiador Francisco Schaden, o avô pintara a primeira igreja de Leffelscheidt (Águas Mornas). Nas paredes internas, deixou desenhos e pinturas sacras.
Maria Lúcia freqüentou a escola primária alemã de Vargem Grande. Era só descer, por uma trilha, a encosta do Morro, e andar mais uns 500 metros. Foi seu professor, o alemão Carlos Techentin, de 1909 a 1912.
Por muitos anos, a ex-aluna conseguiu guardar seus livros escolares: uma pequena história sagrada e um livro de leituras, ambos em língua alemã. Mas a criançada não entendia de valor afetivo...
Nossa mãe teve sete irmãos: José, Simeão, Benedito, Gregório, Paula, Catarina e Calina.
Seu casamento com José Carlos Koch, nosso pai, deu-se aos 08 de novembro de 1919, na igreja de São Ludgero, e foi celebrado pelo Padre Frederico Tombruck. Mas os noivos e a comitiva chegaram o dia anterior, a cavalo, vindos de Grão Pará.
O casal José Carlos e Maria Lúcia tiveram 12 filhos: Dorvalino, Arlindo, Augustinho, Benedito, Maria, Antônio, Ivo, Bernadete, Sebastião, João Carlos, Pedro e Regina. Que lhe deram 63 netos.

Perfil Pessoal

Depois de seus 12 filhos nossa mãe, apoiada pelo pai, teve ânimo e desprendimento cristão para adotar a recém-nascida criança Adília Kalbusch, de Barra Nova.
Alvos preferidos da educação no lar: disciplina, trabalho, escola e vida de fé religiosa.
Em 1932, mãe Maria Lúcia, já moradora de Barra Nova, chegou a chorar de aflição, porque os filhos estavam sem escola.
Nosso pai muito se bateu por essa causa escolar junto a políticos de Salto Grande (Antônio de Souza Pereira e João Carlos Thiesen) e junto ao Prefeito Municipal de Bom Retiro, convencendo-os de que a escola pública no Rio Braço do Perimbó não equivalia a escola pública de Barra Nova.
Nossa mãe não era de caráter expansivo. Ela se dava bem com todas as pessoas. Mas teve também excelentes amizades tradicionais. Cito algumas: sua irmã Paula, esposa de Max Becker; Dona Bicota, esposa de seu tio Antônio Momm; Dona Emília, esposa do seu primo-irmão Jacó Momm; dona Matilde, esposa de Paulino Momm, também seu primo-irmão, e a sua cunhada Maria Koch, esposa de José Rech.
Mãe Maria Lúcia vivia para o trabalho e pela sua família. Sua vida religiosa era profunda e equilibrada. Com fidelidade, participava da santa missa ou da reza dominical. Junto com o nosso pai, promovia a reza doméstica: com orações à mesa, a oração da noite e a devoção do terço em família. Tinha especial devoção pelas “pobres almas”.
Mão aberta para com famílias mais pobres que a sua, dizia: “Quem dá para os pobres, não dá para os pobres, dá para Deus mesmo”.
Frei Elzeário Schmitt, ofm deu-lhe a última assistência cristã e sacramental. Faleceu aos 22/07/1970 em Barra Nova, em sua casa. As exéquias foram realizadas pelo Frei Longino Lickmann, ofm. José Carlos Koch e Maria Lúcia Momm estão sepultados no cemitério da igreja de Barra Nova.
No dia 7 de maio de 2000, comemoramos o seu centenário de nascimento em Águas Mornas: com santa missa e almoço, em meio a muitos parentes e amigos numa festa paroquial.
Mas é bem maior, e marcada pela perenidade, a comemoração que dela hoje realizam as autoridades públicas de Petrolândia: o Sr. Valdemar Fortkamp, DD. Prefeito Municipal, e os Senhores Vereadores da Câmara Municipal.

Muito obrigado! E Deus lhes pague!

Nota: Com toda a liberdade, podem os senhores encurtar ou sintetizar o texto que, a pedido dos senhores, escrevi. Ou seja, de acordo com as conveniências do evento inaugural do Posto de Saúde.

Agradecidamente,
Pe. Dorvalino Eloy Koch, scj.







I   N   A   U   G   U   R   A   Ç    Õ   E   S

                                                    Sala de Aula. 
                                                                    Posto de Saúde

Barra Nova – Petrolândia - SC

16/05/2001


Árvore Boa

Meus queridos irmãos e irmãs. Pela Psicologia, sabemos que tudo quanto alguém realiza é uma projeção de si mesmo: ou como expressão do bem, ou como expressão do mal.
Há quase dois mil anos atrás, o Divino Mestre Jesus Cristo já ensinava com toda a simplicidade: A pessoa humana é comparável a uma árvore. Se ela for boa, dará bons frutos; se for má, dará maus frutos. Numa palavra, é pelos seus frutos que se conhecem árvores e pessoas. (Mt 7, 17 – 18).
A conclusão se impõe: a ampliação de nossa tradicional Escola e a criação do nosso Posto de Saúde são frutos que nos deu a boa árvore do Governo e da Câmara Municipal de Petrolândia.
Suas sementes germinarão melhor educação escolar e mais saúde física para a nossa Comunidade Barranovense, a qual continua levando uma vida que merece melhorada.

Mulher Maternal.

Sou de parecer que as citadas autoridades foram felizes, por terem escolhido um nome feminino para a designação do Posto de Saúde.
Porquanto, consabido é que a maternidade da mulher vai além da maternidade biológica e familiar. Ela é maternal por inteiro.
Daí, seu bom desempenho em hospitais e assistência social. Que exige muita compreensão, dedicação e ternura para com os pacientes.
A mulher titular desta Casa lembrará a todos os seus profissionais e serventes a conveniência de atitudes humanas, e até maternais, no trato com os nossos queridos enfermos.

Mulher Interiorana

Vejo, igualmente, um gesto pleno de consideração com o nosso povo, o de ter-se optado pelo nome de uma mulher desta Comunidade Agrícola.
Simplesmente, porque a grandeza de uma pessoa não se mede exclusivamente pela sua cultura intelectual.
Sua grandeza humana está, acima de tudo, na cultura do coração, pelo amor, e na cultura das mãos, pelo trabalho.
Em outros termos, já nô-lo dizia São Paulo, ao enaltecer, ao máximo, a Caridade (1 Cor 13), e o Trabalho ( 2 Tes 3,10). Disse ele: a maior virtude é a Caridade. E se alguém não quiser trabalhar não tem o direito de comer.

Maria Lúcia

Mas que a escolha incidisse em Maria Lúcia, a querida e inesquecível Mãe dos Irmãos e das Irmãs Koch, constitui um gesto que só posso atribuir à nímia gentileza do Prefeito e dos Senhores Vereadores de Petrolândia.
Porquanto, esposas e mães desse porte haveria às dezenas por aqui, e dignas da contemplação das nossas autoridades civis, porque todas elas profunda e maternalmente humanas e cristãs.
De sorte que os filhos e filhas, os netos e netas, os bisnetos e bisnetas de Maria Lúcia Momm Koch muito penhoradamente agradecemos as benfazejas autoridades maiores do nosso Município, por tão elevada distinção.

Viva Barra Nova!
Pe. Dorvalino Eloy Koch, scj.
Senhor Valdemar Fortkamp – Prefeito Municipal.

               Senhor Pedro Israel Filho –  Vice-Prefeito Municipal.

Os Senhores Vereadores da Câmara Municipal.

Joel Longen –  Presidente                       Selmo Klauberg – Vice- Presidente

                    Amilto Defrein –  1º Secretário                 Celso Eger – 2º Secretário

                   Hélio Probst           -                Guido Schmitz       -        Eduardo Tenfen

                 Ivone Defreyn Nienkötter                -                Jussara Elizete de Souza Eger




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Mensagem por ocasião das BODAS DE OURO do casal Sebastião Koch e Emília Kuhnen
Joinville, 22/06/2006

Pedagogia Familiar


A Educação é obra necessariamente social. Porque o homem nasce na Sociedade Familial, na Sociedade Civil e na Sociedade Eclesial (Pio XI).
Cumpre notar que, neste assunto de “sociedades”, a Família tem a prioridade da Natureza. Porquanto, depois de Deus, o casal é a fonte natural e única do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus. E disse-lhes o Criador: “crescei e multiplicai-vos” (Gên 1, 26-28).
Por conseqüência, a Família também tem prioridade de direitos e deveres em termos de educação dos filhos. Notadamente, nas áreas da Religião e da Moral; da Disciplina, do Trabalho e da Instrução Escolar.
Assim sendo, certas intromissões do Poder Civil na Pedagogia do Lar são inaceitáveis, porque ferem a prioridade natural da autoridade doméstica e a boa educação. Os eventuais abusos desses direitos, da parte de certos pais, não justificam descartar o seu uso para todos os pais. Porquanto, com tal critério, todas as nações deveriam ser descartadas do seu poder político.
Não tem cabimento, por exemplo, impor aos pais uma educação sem a obediência dos filhos. Porque tal regime só pode gerar indisciplina e anarquia: um caminho asfaltado que pode levar muitos filhos para Febens e Presídios infernais.
Outro caminho que para lá poderá conduzir é a pedagogia da indolência. Também imposta aos pais: para filhos que são afastados do trabalho, seja em casa, onde poderiam ajudar os pais e desenvolver-se melhor; seja na escola, onde a promoção, praticamente, é automática, e sem perspectivas de boa cultura.
Também se proíbe aos pais a aplicação de todo e qualquer castigo físico aos filhos. Ora, boa educação não se faz, tão somente, com docinhos-de-coco e chá de flor-de-laranjeira. Convém misturá-la, quando necessário, embora moderadamente, com chá-de-sandália havaina. Que também poderá evitar o animalesco tratamento de Febens e Prisões.
Teríamos aí três negatividades que entorpecem o desenvolvimento dos educandos, da vida familiar e do progresso da Nação. Aliás, tais proibições, a exemplo do totalitário Benito Mussolini, parecem traduzir um calculado e nocivo propósito de desautorizar os pais perante os filhos.

Igreja Doméstica

A família é uma espécie de Igreja Doméstica, ou igreja do lar (Vat. II). Pela palavra, pelo exemplo e pela oração em família: os pais hão de ser os primeiros mestres da Fé. A Família é, pois, e deve ser a primeira fonte da educação cristã. Ela participa da missão evangelizadora da Igreja, ainda que em tão reduzido mas decisivo campo missionário. É nessa vida cristã da família que a fé religiosa germina e cresce sob as bênçãos de Deus, a começar pelo embalo maternal do berço.
Não tenhamos nenhuma dúvida: é necessário restaurar a família cristã como a instituição básica para a transmissão da boa educação e da Fé Cristã.
Missão que o Casal Jubilar procuraram cumprir com grande dedicação. Em meio a uma vida sacrificada pelo bem-estar temporal de sua família, eles não perderam de vista a luta pelo bem-estar espiritual da vida religiosa: mediante a fidelidade matrimonial, o amor aos filhos, a oração em família, a harmonia no lar e a santa missa ou reza dominical na igreja de sua comunidade.

Bodas de Ouro

O Sr.Sebastião, além de lavrador, foi carpinteiro; foi professor no ensino fundamental; foi capelão e organista de várias igrejas. Ultimamente, foi organista do Coral Santa Cecília, do Santuário Sagrado Coração de Jesus, sob a regência do Sr. Bruno de Lira. Nos primeiros anos, a sra. Emília colaborou com o esposo nos árduos trabalhos da lavoura. Mas foi sobretudo dedicada esposa, competente e incansável dona de casa e admirável educadora dos filhos.
O querido casal, todo feliz e agradecido a Deus, hoje recorda e renova aquele distante 21 de Julho de 1956, quando, na bela igreja-matriz de Santo Estevão, de Ituporanga, perante o piedoso Pe. Gerônimo Back, da ordem franciscana, prometeram, mutuamente, e vêm cumprindo com fidelidade, aquela vida a dois e com Deus:
eu prometo amar-te e respeitar-te,
na alegria e na tristeza,
na saúde e na doença
todos os dias da minha vida.


Cumprimentos
Todos quantos aqui se fazem presentes, a começar pelos filhos e filhas, pelos genros e noras, pelos netos e bisnetos, e por tantos parentes e amigos: todos saudamos e parabenizamos o querido casal Sebastião e Emília. E fazemos votos no sentido de terem uma especial e bem merecida festa de comemoração de suas Bodas de Ouro. Que esta recordação de 50 anos matrimoniais seja um viver com muita amizade, muita alegria e muitos aplausos. E que Deus os abençoe e acompanhe para sempre!


Oração

Neste sentido, vai aqui a oração à Mãe de Jesus e Mãe da Igreja, e especial protetora dos Lares:

Santa Maria, Mãe de Deus,
Vós destes ao mundo a luz verdadeira,
Jesus, vosso Filho – Filho de Deus.

Entregastes-Vos completamente
ao chamamento de Deus
e assim Vos tornastes fonte
da bondade que brota d'Ele.

Mostrai-nos Jesus.
Guiai-nos para Ele.
Ensinai-nos a conhecê-Lo e a amá-Lo,
para podermos também nós
tornar-nos capazes de verdadeiro amor
e de ser fontes de água viva
no meio de um mundo sequioso.

BENTO XVI






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AO COLONO PIONEIRO

Brasileiro, vês este rosto castigado?
Marcas do sol, do frio, suor, ventos e chuvas!
Vês as fortes mãos riscadas de rachaduras?
Sinais de garra, da foice, enxada e machado!

Duros golpes, doidos rugidos na floresta;
Fragorosas tombam árvores colossais.
Erguem-se para o colono seus milharais,
Em defesa da vida que o bom Deus lhe empresta.

O alimento, da magia do solo arranca.
Dos céus também, sem magia negra nem branca,
Sustento espiritual pela prece alcança.

Oh! Bom Colono! Quando empunhas ferramentas,
Ou quando, de mãos postas, para os céus atentas,
Vibras de esperanças, e da Grande Esperança!

Pe. Eloy Dorvalino Koch scj
Ituporanga, 1984


Soneto declamado pelo autor na Abertura Oficial da 16ª Festa Nacional da Cebola – 09/03/2007

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Obras literárias do Padre Eloy


















(Livro inédito e inconcluído)



Revistas com textos do Padre Eloy












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