B O D A S D E O U R O
U M A M E N S A G E M C R I S T Ã
B r u s q u e – S C
23 Julho 2005
Se o Dia das Núpcias foi marcado de previsões e conjeturas
e pedidos de bênçãos a Deus -, o Dia das Bodas de Ouro vem,
naturalmente, assinalado com recordações e saudades e ação de graças a Deus.
E os
votos de todos aqui presentes: filhos, netos e bisnetos, genros e noras, e
tantos parentes e amigos: vão no sentido de que o distinto Casal Jubilar,
Alcino e Iracema, estejam vivendo uma especial e merecida transbordância de
comemorações felizes. Porquanto, se recordar é viver, muito mais o é fruir uma
recordação com tantos aplausos, festa,
amor e carinho.
1- Pelo seu
aspecto quantitativo, ou seja, pelo seu número de membros, a entidade
matrimonial representa o menor grupo de pessoas. Podendo, aliás,
aumentar pela geração de filhos, e levando, então, a consagrada designação de “Família”.
Mas pelo seu aspecto qualitativo, o matrimônio é o maior grupo
humano que existe na face da terra. Os membros de uma sociedade qualquer,
dela apenas participam pelo que têm.
Ao passo que os membros de uma comunidade, dela participam pelo
que são.
Assim, a Família é uma comunidade, pois seus membros participam,
acima de tudo, pelo que são.
Que dizer, então, quando essa Comunidade Máxima ainda vem coroada
e animada pela transcendência absoluta da bênção divina através do Vínculo
Sacramental ?!
2- Por
intermédio do casal humano, é gerada e amparada a Vida Natural de um
novo ser humano, que é corpóreo, vivo, sensível e racional.
Mas é, outrossim, por intermédio
desse mesmo casal humano, que irá gerar-se e desenvolver-se, em inicial
miniatura, a Vida Cultural da Prole.
Deverá ser, porém, um desenvolver-se de acordo com os germes naturais do
ser humano. Realidade essa traduzida, com rara felicidade, pelo pensador e
poeta grego Píndaro: “Torna-te , ó homem, o que de berço já és”
(séc. IV aC).
Ora, de berço, o homem já é um ser vivo; voltado para o
conhecimento; dotado de vontade, liberdade e amor; com o dom da fala; com a
dimensão social; com a capacidade criadora de cultura material e espiritual;
com o pendor criador e amante de jogos e divertimentos. Por conseqüência, a
educação há-de abranger todos esses pontos do potencial humano, aqui já presentes em sua latência.
3- Mas o de que
sempre mais gente se vem descuidando, porque muito adentrado no mundo dos
desvalores e da subjetividade anárquica -, é que o homem, também por
natureza ,é inegavelmente um ser
religioso.
Segundo os mais sérios historiadores e antropólogos (G. Schmidt e M.
Eliade), nunca houve e não há povo nenhum sem a Marca Divina da
Religiosidade. Atualmente, há mais de 500 seitas religiosas no Brasil; e na
América do Norte, já passam de 7000. E
quantas religiões haverá no mundo?
Compreende-se, pois, que Jesus Cristo valorize ao máximo o vínculo
matrimonial dessa Comunidade, reconhecendo-o como sagrado e indissolúvel (Mt
19, 6). Por conta disso, vejam o quanto
o Divino Mestre, com a sua presença e milagre, prestigiou as Bodas de Caná (Jo 2, 1-10).
Evento que o Papa João Paulo II abordou com ênfase em sua última visita
ao Brasil.
São Paulo comparou o amor de Jesus à sua Igreja, com o amor que o esposo
dedica à esposa (Ef 5,25).
O Concílio Vaticano II insistiu no sentido de que o lar cristão seja uma
“igreja doméstica”: onde se reza, onde se ama e se vive a fé cristã, e onde,
para os filhos, já cintilam as primeiras noções do caminho para Deus.
Falando tudo isso no dia de hoje, estou apenas recordando, com vocês, a
vida dignamente cristã que se tentou pôr em prática: com seriedade, amor,
dedicação, alegria, sofrimento, e com
sucesso!
Ao mesmo tempo, seja-me permitido, queridos irmãos e irmãs,
apresentar-lhes essa vida do digno Casal Jubilar, como simpático e
significativo aceno às novas gerações, no sentido de um peregrinar semelhante
por este mundo de Deus.
Nossos Parabéns, Alcino e Iracema! Que Deus
continue na companhia de vocês e de toda a sua descendência!
Pe. Eloy Dorvalino Koch scj
B r u s q u e – S C
19 Novembro 2005
Nesta noite memorável das Bodas de Ouro de Egon e Marlene S. Petruschky, seria possível falar sobre
uma série de temas.
Poderia
falar-se sobre a íntima comunidade da vida e do amor conjugal, fundada pelo
Divino Criador, e sobre a indissolubilidade dessa União e do seu Amor Indiviso.
Poderia falar-se sobre o Sacramento do Matrimônio,
que confere ao Casal um dom especial de graça e de caridade. Vínculo esse que,
nos esposos, une o humano e o divino, constituindo o Matrimônio o fundamento da
Sociedade Humana.
Poderia
falar-se sobre o direito originário, primário e inviolável que têm os pais na
educação dos filhos, e que proíbe a interferência maléfica do Estado, quando pretende
substituir-se aos direitos dos pais. E outros temas.
No
entanto, meditando um pouco sobre a crescente banalização da qual vem sofrendo
o valor da Instituição Matrimonial, sobretudo a Cristã -, permitam-me relembrar
uma atitude
de Nosso Senhor Jesus Cristo e uma comparação arrojada
do Apóstolo São Paulo, ambos apontando para a magnitude sublime do Matrimônio.
a) Atitude
de Jesus Cristo.
Revelou-se ela nas “Bodas de Caná”, ao marcar Ele
presença na grandiosa festa de um casamento. E não só Ele, mas acompanhado de
sua Santa Mãe Maria e de seus discípulos.
E mais. Atendendo ao sutil pedido de sua Mãe, Jesus livrou os noivos do
inevitável vexame de a festa fracassar pela falta de vinho. Por isso, Jesus
realizou o grande milagre da transformação da água em vinho.
Além disso, e ainda por amor
aos noivos, esse 1º milagre de Jesus foi uma antecipação dos milagres que Ele
se propusera iniciar mais tarde, em apoio à sua doutrina de conversão de muitos
para o Reino de Deus.
Sim, Jesus acabava de reconhecer, de público, o valor magnífico do
Matrimônio (Jo 2,1-12).
b)
Comparação do Apóstolo.
Sabemos todos que Jesus Cristo passou por esta vida fazendo o bem: pelo
exemplo, pela pregação e pelos milagres e, finalmente, morrendo na Cruz e
ressuscitando ao 3º dia, para fundar e manter viva a sua Igreja, que é o Povo
de Deus, no Caminho da Salvação.
São Paulo, contemplando toda essa maravilhosa trajetória do Divino
Mestre, foi à procura de uma comparação para traduzir tão heróico e sublime
Amor em linguagem humana. E achou esta comparação: A Igreja é a Esposa de Cristo. Naturalmente, pressupondo
que os esposos se amem de verdade e com fidelidade: explicitou, com toda a
clareza, que o esposo ame a sua esposa como Cristo ama a sua Esposa, que é a
Igreja, por Ele fundada com tanto amor e sacrifício (Ef 5, 21-32).
Queridos amigos Egon e Marlene,
Em nome de seus filhos, genro e noras e netos e bisnetos e demais
parentes; em nome de todos os aqui presentes; em nome de todos os brusquenses:
recebam meus efusivos cumprimentos, por terem, durante 50 anos, respeitado e
fortalecido os seus laços de amor conjugal-cristão.
Recebam, também, de toda a Comunidade Paroquial, os agradecimentos e um
sincero e merecido Deus-lhe-pague, pela participação ativa de ambos nesta
Comunidade Religiosa.
Lembrando, em especial, a participação constante, e muito competente,
de Dona Marlene em praticamente todas as iniciativas pastorais e sociais da
Paróquia de São Luiz Gonzaga de Brusque; e sempre com o apoio generoso e
indispensável do Senhor Egon, que soube, em harmonia conjugal, respeitar e
incentivar o dom especial de sua esposa.
Desejo-lhes, igualmente, um feliz encerramento dos festejos
comemorativos desse dia, no bem escolhido Clube de Caça e Tiro Araújo Brusque,
o 1º Clube de Brusque, fundado em 1866, com o nome de “Schuetzenverein”, o
qual, em 1941, começou a incomodar indivíduos de “alma pequena”.
Ora, nesse Clube foram festejados, com muita ordem e muita alegria,
grandes eventos da Comunidade Brusquense, assim propiciando a guarda de sua cultura.
Clube esse que também simboliza as atividades benfazejas do Casal Jubilar na
Comunidade Brusquense.
Uma vez mais: os nossos
parabéns!
Porque, na casa de vocês,
procurou-se viver
o verdadeiro amor cristão:
que “sorri na alegria,
consola na tristeza,
alivia na dor
e se eterniza em Deus”
E que assim continue
com a graça de Deus
e a proteção de Nossa
Senhora!
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