Leão foi batizado a 24 de março do mesmo ano, véspera da festa da Anunciação. Anos depois, escreveu: "Era feliz mais tarde unindo a lembrança do meu batismo ao do Ecce venio do Nosso Senhor".
Leão Dehon frequentou a escola da cidade. Mais o ambiente não era favorável a uma boa educação. Por isso seus pais, preocupados com o futuro do filho, o matricularam no Colégio de Hazebrouck, dirigido por padres. Antes de seu ingresso nesse colégio Leão fez suma primeira comunhão na cidade natal.
No Colégio Hazebrouck, encontrou na pessoa de seu diretor, Pe. Dehaene, um grande amigo que o orientou muito bem na luta pela conquista da virtude.
Na noite de Natal de 1856, Leão sentiu forte chamado ao sacerdócio. Conversou como pai a respeito. Recebeu um frio e peremptório "não". Júlio sonhava um futuro brilhante e diferente para o filho. Jamais permitira que ele se tornasse sacerdote.Em agosto de 1859, Leão terminou seus estudos secundários e, a l6 do mesmo mês, passou, com sucesso nos exames de bacharel em letras.
De volta a La Capelle, expos novamente seu projeto ao pai. Esta insistência do filho caiu como um raio no lar Dehon. O pai não aceitava de forma alguma a idéia ousada do filho. |
Sem desistir de seu plano, Leão obedece momentaneamente a seu pai e vai para Paris. Freqüenta o curso de preparação ao concurso da célebre Escola Politécnica DEA simultaneamente matricula-se no primeiro ano de direito. Mais tarde, abandona o curso de letras e segue normalmente o curso de direito, que lhe parecia mais de acordo com a sua cultura e sua sensibilidade.
Em agosto de 1862, obtém a licença em direito e, dois anos mais tarde, em abril de 1864, defende a tese de doutorado em direito.
Durante o período de estudo em Paris, Leão impôs-se um ritmo de vida que favorecia sua vocação sacerdotal. Diariamente participava da missa em São Sulpicio, sua paróquia.
Nesse tempo, também, conheceu um jovem estudante de arqueologia, que se tornaria seu grande amigo: Leão Palustre. Com esse amigo, Dehon fez várias viagens: à Inglaterra (1862), à Alemanha, aos países escandinavos, à Europa Central (1863), A 23 de agosto de 1864, empreendeu com ele uma longa viagem de 10 meses pelo sul da Alemanha, Suíça, Norte da Itália, Grécia, Egito, Palestina (Terra Santa), Ásia Menor, Hungria e Áustria.
No fim dessa viagem, Leão parte diretamente para Roma, onde chega a 14 de junho de 1865. Estava firmemente decidido a seguir sua vocação sacerdotal. A viagem à Terra Santa confirmara o chamado do Senhor: "Vem e segue-me! Também te farei pescador de homens!".
Em Roma, mora no colégio francês, Santa Clara, matricula-se no curso de filosofia e, depois de um ano apenas, obtém o doutorado na matéria (1866). Em 1871, consegue o título de doutor em teologia e em direito canônico.
Antes, a 19 de dezembro de 1868, é ordenado sacerdote, na Basílica de São João de Latrão, na presença de seus pais, que aceitam agora a vocação do filho.
Padre Dehon participou como estenógrafo, das sessões do Concílio Vaticano I.
Terminados seus estudos em Roma, recebeu sua primeira transferência. Foi uma grande decepção para ele. Com vários doutorados em sua bagagem, Padre Dehon esperava trabalhar numa universidade. E foi nomeado para ser o 7 vigário paroquial de uma pobre e problemática paróquia: São Quintino.
Apesar de tudo, assumiu sua missão com todo ardor e entusiasmo. Conhecendo as grandes necessidades daquela cidade, Padre Dehon teve várias iniciativas de grande repercussão; fundou um patronato, São José 91872), a Obra dos Círculos Católicos (1873); um jornal católico: Le Conservateur de L’Aisne (1874); círculos de estudos religiosos e sociais, com a Conferência de São Vicente de Paulo ( 1875); promoveu encontros de estudos com os patrões, duas vezes por mês (1876): o Colégio São João
Sacerdote, culto, santo e dinâmico, muito conhecido na França, Dehon tinha algo que o inquietava. Não estava satisfeito. Faltava-lhe algo. Não tinha, porém, clareza o que era realmente. Depois de um longo discernimento, feito de oração, de diálogo com sábios sacerdotes e orientadores espirituais, Dehon toma a decisão de fundar a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Data oficial da fundação: 28 de junho de 1878, dia da primeira profissão do fundador
Temporariamente supressa por determinação da Santa Sé (1883), a nova Congregação experimentou, depois de sua ressurreição (1884), um vertiginoso crescimento e um surpreendente impulso missionário espalhando-se por diversos países.
Além dos trabalhos de governo e animação de sua congregação como superior geral, Padre Dehon participou dos grandes eventos de cunho social na agitada França daquele fim de século. Sensível aos grandes problemas sociais de então, Padre Dehon era protagonista de congressos e de assembléias, onde se discutiam as questões sociais, principalmente depois da publicação da Rerum Novarum, da qual foi um incansável divulgador e defensor. Sem dúvida, pode-se dizer que era um missionário da doutrina social da Igreja. Proferiu conferências (principalmente em Roma), escreveu artigos em jornais e revistas (Le Règne du Sacrré-Coeur dans les âmes et dans les sociétés), publicou livros sobre o tema, principalmente: Manual social cristão (1894) e o Catecismo social (1898). Outros: A usura no campo presente ( 1895); Nossos Congressos (1897), As pontifícias diretrizes políticas e sociais (1897), Riqueza, mediocridade ou pobreza ( 1899), A renovação social cristã (1900).
Padre Dehon faleceu no dia 12 de agosto de 1925, aos 82 anos de idade. Seus restos mortais repousam na Igreja de São Martinho, em São Quintino, França.
"Por Ele vivi, por Ele morro", foram suas últimas palavras.
Sermão nos funerais de P. Dehon D. Henri Binet, Bispo de Soissons 19 de agosto de 1925
Meus caros amigos,
Uma grande página da história religiosa acabou de ser virada. A caneta caiu pela fraqueza das mãos que escreveram durante sessenta anos, mas os anjos a apanharam e a colocaram no livro da vida. A um de seus maus ilustres filhos do século XIX a Diocese de Soissons, da qual eu também sou filho, oferece, através de meu ministério, minhas lágrimas e dores, meu grande sentido de perda, mesclado com gratidão e respeito, o tributo de orações que ele fez por merecer por tantos motivos.
No estilo dos verdadeiros sacerdotes, em vez de se instalar num castelo de marfim de sua superioridade intelectual, ele atirou-se em seu ministério, especialmente em favor da classe trabalhadora. Precursor de Leão XIII, precedendo seu tempo, ele proclamou a quatro ventos: Ide ao povo! Por 20 anos houve alguma iniciativa religiosa em São Quintino que não contasse com o apoio desta grande alma, Padre Dehon?
Os jovens acorriam a ele cheios de entusiasmo; padres devotos e dignos uniram decisivamente seus ideais ao dele. O São João era uma colméia esfuziante de energia na qual o mais puro mel foi produzido. Com que veneração, emoção e piedoso afeto os ex-alunos referem-se a Padre Dehon. Com que dor souberam de sua morte e com que angústia rodearam seu esquife. Ele deve ter sido grande, um homem de coração grande, tanto amado!
Os grandes trabalhos de Deus nunca acontecem sem adversidades. Padre Dehon não trilhou uma estrada de triunfos. Seu monte das Bem-aventuranças esteve ao lado do monte Calvário. Ele, porém, tinha feito seu voto de vítima. Palmilhando um caminho de pedras e espinhos ele encontrou o Coração de Jesus e entregou-se completamente a ele, juntamente com um bom grupo de seus amigos.
Muitos padres da Diocese de Soissons devem o nascimento, o desenvolvimento e a realização de sua vocação sacerdotal a este grande e santo padre, cujo coração era tão generoso, nunca recuou diante das dificuldades, obstáculos e desilusões e para quem a palavra ‘impossível’ não existia. A exemplo de São João Batista, ele não nutria inveja daqueles que o superaram em crescimento espiritual desde que estivessem no caminho de Cristo e a seu serviço. Por isso a Diocese de Soissons e seu Bispo lhe devem eterna gratidão.
Padre Dehon sabia que estava morrendo e não se perturbou. Pouco antes de dar o último suspiro ele disse a um de seus amigos que me contou: “Jesus é tão bom, ele logo me receberá no paraíso”. Nós recitaremos as preces finais da sagrada liturgia de forma que a vontade desta grande alma sacerdotal, sempre cheia de confiança, seja atendida. E a todos vós, que credes em Cristo eu digo: “Sejais amigos do Coração de Jesus como era Padre Dehon e, com ele, vós superareis este momento em paz e no regaço do Senhor”. Amém.
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Dia 19 de julho de 1869 P. Dehon celebra em La Capelle sua primeira missa. Ele tinha sido ordenado em Roma sete meses antes, a 19 de dezembro de 1868, na Basílica de São João de Latrão, ocasião em que a presença de seus pais e o retorno de seu pai à prática religiosa, muito contribuíam para a grande alegria daqueles dias, “os melhores de minha vida” (NHV VI, 78).
Para estas primícias sacerdotais em La Capelle “meus bons pais prepararam para aquele 19 de julho a festa que se faz a todo neo-sacerdote que vem celebrar junto a seus familiares. Acabei tendo uma certa queda pelo dia 19: era o dia de minha ordenação, de minha primeira missa, de São José, de São Vicente de Paulo. Foi o dia em que mamãe morreu. Escolhi aquele dia em função das práticas mensais das confrarias. A festa foi bela e comovente. Cantei a missa e as vésperas e falei duas vezes, de manhã sobre o Santo Sacrifício e de tarde sobre a Virgem Maria. As emoções de um dia assim são indizíveis. Minha família e meus conterrâneos estavam tão emocionado quanto eu. Todo mundo chorou e um dia assim acarretará, creio, um grande crescimento na fé que contribuirá para a salvação de muitos” (NHV VI, 140-141).
É este sermão sobre o Sacrifício da missa que reproduzimos aqui. O P. Dehon dele fala muito, com comentários vastos em NHV VI, 142-149. A bem da verdade não há nada de muito original neste sermão, nem na oratória, nem no conteúdo. “Eu nunca fui orador, nem o sou ... mas as circunstâncias falavam por si mesmas” (NHV VI, 142).
Num estilo muito convencional este sermão nos proporciona um encontro com o próprio orador: seu apego ao ambiente onde ele nasceu e foi criado, a emoção ainda tão viva por seu sacerdócio e, sobretudo, as convicções que hão de caracterizar sua espiritualidade.
Discretamente ele lembra sua paróquia, sua pátria, sua infância, seu batismo e primeira comunhão, sua família e seus conterrâneos, que junto com ele, isto ele diz duas vezes, se reúnem para oferecer com ele e santo sacrifício.
“Feito este exórdio, fiz um resumo dogmático dos ensinamentos do Cardeal Franzelin sobre o sacrifício” (NHV VI, 145). De fato, o sermão é uma breve aula de teologia, ao alcance dos ouvintes e fundada na Palavra de Deus. A história da salvação é repassada brevemente: a bem-aventurança inicial e os sacrifícios de louvor, a decadência do pecado e os sacrifícios de expiação, seguido do clássico confronto entre justiça e misericórdia de Deus. No centro de tudo, o sacrifício do Filho, feito um de nós, Servidor em sua santa humanidade. Depois, para tornar este sacrifício quotidiano, num culto perpétuo, a obra do Coração de Jesus: a Eucaristia, sacrifício e sacramento do amor, recebido da tradição da Igreja apostólica. Não falta uma referência à sua recente ordenação em Roma, uma lembrança que certamente tocou seus pais, tão felizes por poder participar naquele dia de graças.
Na conclusão, um recurso a que ele haverá de recorrer sempre, ele faz falar Jesus Cristo para exortar os ouvintes à santidade, à solidariedade, na piedade, e para invocara bênção de Deus sobre a família, seus educadores, seus amigos e conterrâneos.
“Aqueles eram os verdadeiros sentimentos de meu coração” (NVH VI, 149). Podemos acreditar sem duvidar. Esta emoção viva daqueles dias carregava o peso de uma saúde abalada pela fadiga dos estudos, “as emoções da minha ordenação e das primeiras missas” (NHV VI, 136) e o cansaço do serviço de estenografia durante o Concílio... a tal ponto que o povo de La Capelle, ao assistir suas primeiras missas, dizia: ‘este pobre padre não haverá de dizer muitas’. Entrementes, a Santíssima Virgem Maria fazia sua obra...” (NHV VI, 139.
André Perroux, scj
Sobre o Sacrifício
Existem santuários onde os cristãos vão rezar e oferecer o sacrifício da santa Missa. Há lugares de peregrinação nos quais a livre vontade de Deus e a intercessão dos santos derramam graças abundantes.
Há ainda santuários venerados em Roma e a tumba do Príncipe dos Apóstolos onde os cristãos do mundo inteiro vão buscar a seiva vivificante, a fé que remonta aos tempos apostólicos, e espírito de piedade e de caridade.
Existem ainda os lugares santos, consagrados pela vida de Nosso Senhor, tão chocantes pela sua situação atual de tristeza e pela maldição que sobre eles pesa pois a nossa salvação exigiu que o Salvador ali derramasse seu sangue.
Existe, porém, um outro altar, mais santo que todos estes, e desconhecido dos peregrinos, e que não é menos caro a cada um de nós, é o altar de sua terra, da paróquia onde se nasceu. Gostamos de rezar ali, o dever nos chama e muitas alegrias e lágrimas nos esperam. O dever nos chama porque ali cometemos muitas faltas em nossa infância e é ali, aos pés do altar, que convém repará-las oferecendo a Deus uma vítima de valor infinito. O dever nos chama para lá porque é lá que nós recebemos as maiores graças, a fé e os primeiros sinais de amor que Nosso Senhor nos acena na primeira comunhão, na qual ele se manifesta com a ternura de uma mãe. Das pessoas recebemos também muitos benefícios e nós os agradecemos invocando sobre eles a bênção de Deus.
Muitas alegrias nos espertam ali, semelhantes a esta deste dia, no qual a vossa presença numerosa provoca em mim uma emoção da qual sois testemunhas, alegria cuja lembrança não se apagará do meu coração e que estarão sempre comigo junto ao altar; as alegrias da união com nossos irmãos na oração, num amor puro a Deus, na vontade de fazer o bem e na esperança de sermos coroados juntos na morada dos bem-aventurados.
Lágrimas também nos esperam no altar de nossa terra, a nós ministros do Senhor, porque nós recebemos com o Espírito Santo algo do amor divino pelas almas. Gostaríamos que este união que faz nossa alegria fosse unânime, porém, neste aparente concerto há vozes discordantes e no rebanho do divino pastor há ovelhas desgarradas. Nós nos reunimos aqui, meus irmãos, aos pés deste altar, para obter de Deus a graça de fazer cessar as lágrimas, para confirmar nossas alegrias, para cumprir nosso dever de expiação, oferecendo juntos este santo Sacrifício. Deus atende somente as preces humildes e fervorosas e os sacrifícios generosos e, em preparação a este santo sacrifício, vamos meditar agora sobre sua grandeza e sua eficácia.
1. O sacrifício! Quanto era belo antes da queda do homem! Grande, nobre, imortal, iluminado pela ciência divina, o homem reinava sobre a criação. Em nome das criaturas e junto com todas elas ele oferecia a Deus um harmonioso concerto de louvores. O perfume que o vento trazia do jardim das delícias, o brilho das flores sob o sol radiante e os cantos que ali ressoavam não se igualavam à harmonia, à pureza e à suavidade d alma do primeiro homem.
Como ser inteligente e livre, o homem reconhecia o poder soberano de Deus. Em sua alma e em seu corpo, ele devia expressar de modo sensível esta homenagem para com seu Criador. Nascido como ser social, ele devia a Deus um culto externo e social. Este culto podia constituir-se um canto u uma prece ou a oferenda de algum objeto, cuja consumação simbolizava o poder de Deus e sua total soberania.
Tal era a humanidade desejada por Deus, que deveria, após um período de provação, ser confirmada neste estado de graça e ser admitida Na visão beatífica e na felicidade eterna.
Mas o homem não soube perseverar. Deus o tinha criado livre e o homem abusou desta liberdade. O dom mais sublime que Deus podia ter dado à sua criatura, que colocou o homem acima de toda a criatura visível e que confere a seus atos algo da independência divina. O homem foi condenado a sofrer e a morrer e seu culto e seu sacrifício não continham mais alegria e amor. Ele deixou de reconhecer a piedade, a confiança, deixou de dar a expiação, a submissão à justiça divina e a aceitar a miséria da raça humana.
Nesta situação, um sacrifício que consistisse na destruição de algo útil ao homem dava a entender que ele próprio merecia a morte e assim, rendia homenagem a Deus. Neste período da história da humanidade o sacrifício é algo triste mas ainda bom. Vós encontrareis na história o homem, em todas as partes da terra, sendo fiel às suas tradições e orgulhoso de sua origem manifestando através de seu culto sua decadência e pedindo a Deus, por um sacrifício de expiação, seu resgate desta decadência.
II.Eu entendo os pensadores orgulhosos que pretendem julgar a Deus. Nós temos revisto, dizem eles, a história da humanidade e não vimos senão a efêmera grandeza do homem e sua caída , prevista por Deus, que já leva séculos e ainda perdura. Como conciliar esta triste situação do homem com a bondade de Deus? “A misericórdia de Deus não se abala com vossas críticas” diria eu. A justiça de Deus é severa e infinita, mas sua misericórdia é suave e igualmente infinita. A misericórdia e a justiça se abraçaram como diz o salmo: “justiça e paz se abraçarão (sl 85,11). Quando a justiça condenou o homem a ganhar a vida com o suor de seu rosto, a misericórdia acrescentou a esta sentença a promessa de um redentor (cf Gn 3, 15). Sim, a justiça de Deus é severa e, mesmo salvando os culpados ainda assim está a serviço da justiça.
O profeta Isaías (62) anuncia à cidade de Sião seu Salvador: “Ecce Salvator tuus venit” (Is 62, 11) mas ele o vê coberto de sangue. Por que então, diz ele, vossas vestimentas estão manchadas de púrpura? Quare ergo rubrum est indumentum tuum (62, 2). Por que vossa roupa está igual aos homens que pisam a uva no lagar? Et vestimenta tua sicut calcantium in torcolari ( 63, 2)? Eis que eu esmaguei a meus pés meus inimigos em minha ira, diz o Salvador,calcavi eos in furore meo (ibid) e o sangue deles respingou em mim e tingiu minhas vestes, et aspersus est sanguis eorum super vestimenta mea et omnia indumenta mea inquinavi (ibid.).
Senhor, quem são estes inimigos, onde estão aqueles que tendes triturado? Ah! Novo Davi, aquele que bastou para abater o inimigo que se apresentava tão forte, este gigante éreis vós mesmo, Senhor! Ó misericórdia divina! Aquele que tomou sobre si nossos pecados, sois vós mesmo, Senhor, vossa santa humanidade. Ele foi ferido por nossas iniqüidades, diz o profeta, vulneratus est propter iniquitates nostras (Is 53, 5). Ele foi lacerado por nossos crimes,attritus est propter scelera nostra (ibid.). Ó amor divino! Eis o único sacrifício que poderia satisfazer vossa infinita justiça porque era necessária uma vítima de valor infinito. Eis o sacrifício pelo qual vosso amor nos resgatou. Ah! Meus irmãos, nós admiramos a misericórdia de Deus pelo homem antes de sua queda e mais ainda ela se manifesta após a queda e somos tentados a repetir Santo Agostinho: ó culpa feliz que nos proporcionou tal Salvador! Ó dignidade do homem que encontrou tal lugar no amor de Deus!
III.Não vos parece, meus irmãos, que, após tão magno sacrifício, a justiça de Deus deveria ainda receber alguma satisfação? Não vos parece que sua misericórdia deveria estar fatigada? Não, meus irmãos, os merecimentos da vítima eram infinitos mas Deus somente os aceita sob a condição de que nós conformemos nosso coração ao de Jesus Cristo, nosso chefe, e que nós nos unamos a seu sacrifício através de um sacrifício freqüente. Nossa natureza requeria também um culto público, um sacrifício de adoração e de expiação.
A misericórdia de Deus não tinha medido seus dons. O Verbo de Deus veio habitar entre nós (cf Jô 1, 14) e entregou sua vida, sua vida humana pela nossa salvação (cf. Ef 5,2). Sua santa humanidade haveria de alegrar-se por seu triunfo eterno, e seus apóstolos, nossos pais na fé, iriam nos transmitir sua doutrina, suas virtudes e seu amor. Seu coração reservava ainda mais ternura. Ele desejava habitar entre nós, como tinha convivido com os discípulos. Ele não queria que oferecêssemos a seu Pai outra vítima senão ele. Em sua infinita sabedoria, através de seu infinito poder, ele cria, ele inventa este sacrifício, este sacramento do amor.
Foi como se fosse seu testamento, a última instituição de sua vida mortal. Seu coração tinha ansiado por este momento e o tinha ardentemente desejado. Eu o desejei, diria ele aos apóstolos, eu desejei ardentemente comer esta Páscoa convosco, desiderio desideravi (Lc 22, 5)... e ele tomou o pão, o abençoou e disse.. e acrescentou: “Fazei isto em memória de mim”, hoc facite in meam commemorationem (Lc 22, 19). Ele haveria de dar a seus apóstolos o poder de transformar pão e vinho em seu corpo e em seu sangue e oferecer esta vítima divina pela salvação dos homens. Ele lhes daria a missão de transmitir este poder a seus sucessores. Assim, após o nascimento da Igreja, os bispos detêm a plenitude do sacerdócio consagrando os padres da nova lei, a lei do amor. Por este mesmo poder, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, há pouco tempo, o prelado que é o vigário do sucessor de Pedro, me disse diante das imagens de Pedro e de Paulo: “Receba o poder de consagrar o corpo e o sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Eis, meus irmãos, o poder sobrenatural que me foi dado exercer junto convosco, eis a vítima que posso oferecer em vosso favor.
À vista de nossas faltas, de nossa tibieza, de nossas misérias, dizei a vosso Pai o que ele dizia sobre a cruz: Pai, perdoai-lhes porque eles não sabem o que fazem (Lc 23, 34). Falai a nossos corações. Sei o que direis: “Irmãos, sede grandes, virtuosos e santos; eu os vejo justos e generosos para com vossos irmãos Eu os vejo gratos e piedosos para com Deus, dignos e puros para convosco mesmos”. Falai, Senhor, e que cada um de nós saia melhor desta solenidade. Falai a vosso Pai, e pedi-lhe que abençoe seu indigno ministro, que abençoe os seus, seus veneráveis mestres e pastores, seus conterrâneos e amigos, sua família. Pedi-lhe que abençoe esta pequena assembléia e que nos reúna a todos na felicidade dos eleitos. Amém! Assim seja.
Pensamentos
O povo será amigo do padre e da Igreja quando o padre se tornar amigo do povo. _____________________________________ Façamos tudo com boa vontade e alegria. Deus não gosta de servidores carrancudos. _____________________________________
A nossa vida será árida se Deus não a regar com a Sua Graça. _____________________________________
A adoração reparadora é a nossa audiência real de cada dia; é a nossa vocação. _____________________________________
Sem o Trabalho as coisas úteis e agradáveis ou não existiriam ou não serviriam. _____________________________________
O conhecimento da nossa debilidade conduz-nos à confiança em Deus. _____________________________________
Falar com eloquência é muito bonito, mas agir com prática é muito melhor. _____________________________________
Todos os acontecimentos da vida nos levam a Deus. _____________________________________
Precisamos de acarinhar os jovens tanto pelo perigo que correm como pelo bem que nos trazem. _____________________________________
A pesca milagrosa não se faz na sacristia mas no alto mar. _____________________________________
A cada pecado a sua misericórdia. _____________________________________
Façamo-nos santos e façamos santos. _____________________________________
O luxo foi outrora o cancro dos ricos; hoje é a lepra dos pobres. Possuir e gozar tornaram-se os fins da vida. _____________________________________
A união com Deus é o mais poderoso remédio para todos os defeitos. _____________________________________
Numa alma a educação ou a cultura moral corrigem muitos defeitos. _____________________________________
O carácter é a fisionomia da alma. _____________________________________
Não há amor sem dor. _____________________________________
Deus não sabe o que fazer com o nosso saber e com as nossas obras se nelas não estiver o nosso coração. _____________________________________
Não basta fazer bem aquilo que fazemos, é preciso fazê-lo com amor. _____________________________________
O amor de Deus torna grande o coração do homem. _____________________________________
Fazei da vossa vida uma questão de amor e não uma questão de interesse. _____________________________________
Só com amor se reparam as feridas do coração. _____________________________________
O orgulho gera muitos defeitos. _____________________________________
A eucaristia e a cruz são os mananciais dos quais o Sagrado Coração se expande em ondas de amor, de graça, de misericórdia. _____________________________________
O Ideal da minha vida é conquistar o mundo para Jesus Cristo instaurar o Reino do Sagrado Coração. _____________________________________
A obediência oferece a Deus aquilo que o homem tem de mais precioso e apreciado: a sua vontade. _____________________________________
Para elevar-se é preciso desprender-se da terra. _____________________________________
Servir a Deus é reinar. _____________________________________
Ser santo é viver pacificamente e corajosamente sob o olhar de Deus. _____________________________________
A Cruz é tão necessária que Jesus tem feito dela a medida da nossa glória. _____________________________________
O padre e o leigo são o sal da sociedade e a luz da vida social. _____________________________________
A humildade é o fundamento de todas as virtudes. _____________________________________
A paciência e a imolação são mais fecundas do que a oração e ação. _____________________________________
Levar Cristo ao coração do mundo; Trazer o mundo ao coração de Cristo. _____________________________________
Deus sempre é bom, mesmo quando prova tem desígnios de misericórdia. _____________________________________
Nosso Senhor olha por todas as necessidades, no tempo oportuno, se nos abandonar-mos a Ele. _____________________________________
O Coração de Jesus resume toda a minha vida: Por Ele vivi, por Ele morro. _____________________________________
Sem o espírito de amor e imolação as mais espectaculares e grandiosas obras perdem a sua razão de ser. _____________________________________
O meu único ideal é Cristo. _____________________________________
É preciso que nos façamos santos. Deus o quer. Já estamos atrasados. Mãos à obra! _____________________________________
Um homem que queira mudar a sociedade não pode ter idéias tímidas. _____________________________________
O estudo, a ação e a oração: O sacerdote deve ser um doutor, um apóstolo e um santo. _____________________________________
As obras exteriores são agradáveis a Nosso Senhor mas muitas vezes estes meios confundem-se com o fim. _____________________________________
Vivamos com toda a religião para com Deus, toda a santidade para conosco, toda a justiça para com o próximo, toda a sobriedade para com as coisas. _____________________________________
A fé verdadeira é a única que nos liberta de todas as tiranias e a que promove todo o progresso. _____________________________________
O silêncio é um dos meios mais fecundos da perfeição. _____________________________________
O tempo é um tesouro que não nos pertence. _____________________________________
Todo o amor verdadeiro tem por fim tornar feliz a pessoa que se ama. _____________________________________
Façamos as coisas mais comuns de uma maneira não comum. _____________________________________
Deus brindou a juventude com os elementos que servem para as grandes empresas: entusiasmo, força e generosidade. _____________________________________
O jovem é a mais bela criatura de Deus, é a esperança do provir. _____________________________________
No prazer a juventude passa mais depressa. _____________________________________
As obras em que a juventude não participa estão golpeadas de esterilidade. _____________________________________
A vida do jovens dependerá mais daquilo que serão pelo coração e pelo carácter, do que pelo conhecimento acumulado na mente. _____________________________________
Não podemos estar sempre em oração perto de Jesus. Saibamos também servi-lo na pessoa dos seus irmãos. _____________________________________
A educação não se faz com negações. _____________________________________
Onde não há ordem não há virtude. _____________________________________
Deus é amor. Fazendo-se homem concentra todo o seu amor num coração humano. _____________________________________
Para tempos novos, obras novas.
Escritos
http://www.dehondocs.it/home.html?_dt=1432325250785
Beatificação
Padre santo ou anti-semita?
O padre Leon Dehon viveu de 1843 a 1925. Fundou na França a Congregação dos padres do Sagrado Coração de Jesus, que reúne 2,4 mil integrantes no mundo todo. Pregava o amor a Jesus como meio para reparar os males causados pelo pecado.
A beatificação do Padre Dehon foi anunciada em dezembro passado (2004) pelo Papa João Paulo II (marcada para 24 de abril de 2005). Mas em fevereiro, o jornal católico francês La Croix chamou a atenção para textos atribuídos a Dehon em que dizia que os judeus são sedentos por ouro e que esse seria um instinto racial. Também teria recomendado práticas mais tarde adotadas pelos nazistas, como obrigar os judeus a vestir insígnias, viver em guetos e proibi-los de possuir terras e ocupar cargos de juiz e professor.
O papa Bento XVI nomeou quatro cardeais que vão analisar os textos do padre Dehon. Dois deles ajudaram João Paulo II a elaborar o comunicado em que o Papa pediu perdão pelos erros cometidos por católicos contra os judeus. Uma porta-voz da Congregação do Sagrado Coração disse que a ordem está cooperando com as investigações da Igreja.
A beatificação do Padre Dehon começou a ser debatida há mais de 60 anos e estava prevista para este ano. Um milagre atribuído a ele foi a cura de um eletricista brasileiro em 1954.
Jornal Nacional (TV Globo) - 16.06.2005
http://www.dehonbrasil.com/padredehon/index.htm
Leia mais:
Milagre atribuído à intercessão de Padre Dehon
Carta do superior geral - anúncio da beatificação
Nota à imprensa
Declaração sobre o cancelamento temporário da beatificação
Novena a Padre Dehon
Documentos :
Atualidade de Padre Dehon (pe. André Perroux, scj - em português) Padre Dehon, homem de Igreja (pe. Manuel Joaquim G. Barbosa scj - em português) Padre Dehon e a Formação (pe. José Zeferino P. Ferreira, scj - em português) A Oferta do Coração (pe. Marcial Maçaneiro, scj - em português)
O fundador: Venerável Padre João Leão Gustavo Dehon (Père Jean León Gustave Dehon)
Sociólogo, escritor, advogado e padre Fundador da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Sua vida foi um constante caminhar. Sonhador, lutador, teve decepções, surpresas alegres e tristes. Aprendeu a amar a Igreja. Soube ouvir os gritos numa França cheia de desafios. Fundou jornal, revista, publicou livros, escreveu muito nos Meios de Comunicação Social de então, e deixou-nos por herança : O Sagrado Coração de Jesus.
Leão João Dehon nasceu a 14 de março de 1843, em La Capelle, ao norte do Departamento de L’Aisne, França. Seu pai: Julio Alexandre Dehon; sua mãe: Estefânia Adele Vandelet, devota fervorosa do Coração de Jesus. Tinha um irmão mais velho: Henrique.
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Leão foi batizado a 24 de março do mesmo ano, véspera da festa da Anunciação. Anos depois, escreveu: "Era feliz mais tarde unindo a lembrança do meu batismo ao do Ecce venio do Nosso Senhor".
Leão Dehon frequentou a escola da cidade. Mais o ambiente não era favorável a uma boa educação. Por isso seus pais, preocupados com o futuro do filho, o matricularam no Colégio de Hazebrouck, dirigido por padres. Antes de seu ingresso nesse colégio Leão fez suma primeira comunhão na cidade natal.
No Colégio Hazebrouck, encontrou na pessoa de seu diretor, Pe. Dehaene, um grande amigo que o orientou muito bem na luta pela conquista da virtude.
Na noite de Natal de 1856, Leão sentiu forte chamado ao sacerdócio. Conversou como pai a respeito. Recebeu um frio e peremptório "não". Júlio sonhava um futuro brilhante e diferente para o filho. Jamais permitira que ele se tornasse sacerdote.Em agosto de 1859, Leão terminou seus estudos secundários e, a l6 do mesmo mês, passou, com sucesso nos exames de bacharel em letras.
De volta a La Capelle, expos novamente seu projeto ao pai. Esta insistência do filho caiu como um raio no lar Dehon. O pai não aceitava de forma alguma a idéia ousada do filho. |
Sem desistir de seu plano, Leão obedece momentaneamente a seu pai e vai para Paris. Freqüenta o curso de preparação ao concurso da célebre Escola Politécnica DEA simultaneamente matricula-se no primeiro ano de direito. Mais tarde, abandona o curso de letras e segue normalmente o curso de direito, que lhe parecia mais de acordo com a sua cultura e sua sensibilidade.
Em agosto de 1862, obtém a licença em direito e, dois anos mais tarde, em abril de 1864, defende a tese de doutorado em direito.
Durante o período de estudo em Paris, Leão impôs-se um ritmo de vida que favorecia sua vocação sacerdotal. Diariamente participava da missa em São Sulpicio, sua paróquia.
Nesse tempo, também, conheceu um jovem estudante de arqueologia, que se tornaria seu grande amigo: Leão Palustre. Com esse amigo, Dehon fez várias viagens: à Inglaterra (1862), à Alemanha, aos países escandinavos, à Europa Central (1863), A 23 de agosto de 1864, empreendeu com ele uma longa viagem de 10 meses pelo sul da Alemanha, Suíça, Norte da Itália, Grécia, Egito, Palestina (Terra Santa), Ásia Menor, Hungria e Áustria.
No fim dessa viagem, Leão parte diretamente para Roma, onde chega a 14 de junho de 1865. Estava firmemente decidido a seguir sua vocação sacerdotal. A viagem à Terra Santa confirmara o chamado do Senhor: "Vem e segue-me! Também te farei pescador de homens!".
Em Roma, mora no colégio francês, Santa Clara, matricula-se no curso de filosofia e, depois de um ano apenas, obtém o doutorado na matéria (1866). Em 1871, consegue o título de doutor em teologia e em direito canônico.
Antes, a 19 de dezembro de 1868, é ordenado sacerdote, na Basílica de São João de Latrão, na presença de seus pais, que aceitam agora a vocação do filho.
Padre Dehon participou como estenógrafo, das sessões do Concílio Vaticano I.
Terminados seus estudos em Roma, recebeu sua primeira transferência. Foi uma grande decepção para ele. Com vários doutorados em sua bagagem, Padre Dehon esperava trabalhar numa universidade. E foi nomeado para ser o 7 vigário paroquial de uma pobre e problemática paróquia: São Quintino.
Apesar de tudo, assumiu sua missão com todo ardor e entusiasmo. Conhecendo as grandes necessidades daquela cidade, Padre Dehon teve várias iniciativas de grande repercussão; fundou um patronato, São José 91872), a Obra dos Círculos Católicos (1873); um jornal católico: Le Conservateur de L’Aisne (1874); círculos de estudos religiosos e sociais, com a Conferência de São Vicente de Paulo ( 1875); promoveu encontros de estudos com os patrões, duas vezes por mês (1876): o Colégio São João
Sacerdote, culto, santo e dinâmico, muito conhecido na França, Dehon tinha algo que o inquietava. Não estava satisfeito. Faltava-lhe algo. Não tinha, porém, clareza o que era realmente. Depois de um longo discernimento, feito de oração, de diálogo com sábios sacerdotes e orientadores espirituais, Dehon toma a decisão de fundar a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Data oficial da fundação: 28 de junho de 1878, dia da primeira profissão do fundador
Temporariamente supressa por determinação da Santa Sé (1883), a nova Congregação experimentou, depois de sua ressurreição (1884), um vertiginoso crescimento e um surpreendente impulso missionário espalhando-se por diversos países.
Além dos trabalhos de governo e animação de sua congregação como superior geral, Padre Dehon participou dos grandes eventos de cunho social na agitada França daquele fim de século. Sensível aos grandes problemas sociais de então, Padre Dehon era protagonista de congressos e de assembléias, onde se discutiam as questões sociais, principalmente depois da publicação da Rerum Novarum, da qual foi um incansável divulgador e defensor. Sem dúvida, pode-se dizer que era um missionário da doutrina social da Igreja. Proferiu conferências (principalmente em Roma), escreveu artigos em jornais e revistas (Le Règne du Sacrré-Coeur dans les âmes et dans les sociétés), publicou livros sobre o tema, principalmente: Manual social cristão (1894) e o Catecismo social (1898). Outros: A usura no campo presente ( 1895); Nossos Congressos (1897), As pontifícias diretrizes políticas e sociais (1897), Riqueza, mediocridade ou pobreza ( 1899), A renovação social cristã (1900).
Padre Dehon faleceu no dia 12 de agosto de 1925, aos 82 anos de idade. Seus restos mortais repousam na Igreja de São Martinho, em São Quintino, França.
(Seu processo de beatificação foi concluído em 2005 faltando apenas marcar a data da beatificação. Enquanto isso tem o título de Venerável.) "Por Ele vivi, por Ele morro", foram suas últimas palavras.
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